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sábado, 20 de abril de 2013

Poema #2 - Num Dia de Chuva

  

Triste é dormir com os olhos cheios de lágrimas. 
Por causa de uma pessoa que te fez mal.
Ter tanta coisa para falar. 
E não dizer nada.
Tanto para pedir. 
E acabar não pedindo nada.
E vacilar na hora do encontro. 

Não conseguir expressar o que sente. 
Por ter medo ou ser difícil.
Solidão é implorar carinho para o ar, 
Passar os dedos nos cabelos e consolar a si mesmo. 
Sim, é a solidão.
Ela virá. 

Decepcionante é ansiedade que vira despedida. 
Sentir um aperto no coração.
Todos os dias. 
Agonizar é ter que viver tudo várias vezes. 
E não conseguir fazer nada.
Ansiar a felicidade chegar. 
E ela não vir.
Até a hora esperada. 

E mal você percebe...
Enquanto o tempo passa,
Aquela leve brisa,
Pode se tornar um furacão.

Não deixe que ninguém diga,
"Seu sonho é impossível",
Como você vai saber, se nunca tentou?
Vá fundo no que quer,
E diga que aquilo foi possível, por que você tentou!

O importante não é vencer sempre,
Mas, evoluir.
O objetivo não é crescer fisicamente,
Mas, sim evoluir mentalmente.

Machucar pessoas ao meu redor,
Acabou se tornando normal,
Ás vezes faço isso sem perceber,
Mesmo que não queira fazê-lo.

Perdi o meu caminho,
Dei costas ao mundo indecente,
Nos meus sonhos tudo é bom,
Mas, a verdade aprofunda a ferida,

O que é bom de mim se esquece,
Assim como as memórias vagas do meu passado.
Fecho as janelas do meu quarto,
E ainda assim, escuto a chuva forte lá fora.

O sol não nascerá tão cedo,
Mas, encontrarei-o num novo dia.
Mesmo que um dia de chuva,
Não seja tão belo como um dia de sol,
O seu sorriso será o meu sol.

Ficar parado a olhar as gotas da chuva,
De nada adiantará.
Levantarei e me atirarei a luta,
De todos os dias.

Mesmo tendo o risco de perder tudo,
Prefiro me mover ao ser estático,
Como os pobres de espírito!
Que nunca lutaram,
E nunca venceram,
Que não conhecem a glória,
Nem a dor da derrota.

Assim seguirei meus dias,
Mesmo sabendo que um dia,
Morrerei.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Poema #1

Sinto um breve aperto.
Escuto um baixo hino infantil e doce.
Esse hino me dava a imagem de anjo.
É eu vi um anjo abraçar o outro.

É como o amor em que ninguém acredita.
É como as palavras em que ninguém acredita.
Um dos anjos chorava, enquanto o outro estendeu a mão.
O anjo sussurrou que não havia vergonha nenhuma em chorar.

Um anjo pulou nos braços do outro.
Eles se abraçava e se observavam constantemente.
E o calor que há muito tempo desaparecido, retornou.
Um dos anjos tinha asas negras e outro asas brancas.
Sim, era um amor proibido.

Mas, ainda assim eles se comprometeram.
Prometeram um ao outro um amor infinito entre ambos.
Escutei novamente aquele hino infantil.
O anjo perguntou ao outro que som era aquele.
Ele respondeu em sussurro que era a canção dos anjos.

Os anjos foram separados por suas famílias.
Para um dos anjos o crepúsculo era doloroso.
Ele queria se esconder e ficar sozinho.
E ainda assim, não queria que ninguém visse seus ombros tremerem.

Por que mesmo se para um Deus em que ninguém acredita...
For oferecida uma canção angelical...

O anjo negro abraçou a si mesmo e sentiu seus ombros trémulos.
Ele observou a si mesmo. Observou o estado em que se encontrava.
Ele pensava que deveria existir por si mesmo.
E quem deveria machucá-lo era somente ele.

Ele pensava que deveria se amar.
Ele pensava que deveria se odiar.
Pois, se ele mesmo não o fizesse, quem o faria?

A noite escura que existe somente para ele.
Persegue o coração dele.

O hino é falado e as estrelas brilham no céu preto.
E sorriem para a mão estendida do anjo.
As noites escuras que antes se juntavam, agora estão separadas.

O orvalho da manhã que existia para o anjo branco,
será umedecido pelo verão.

Sim, o nascer do sol é gentil mas, o coração dos anjos,
não tem mais nenhum ligação.

Mas, dei um jeito de interligá-los novamente.
Eles se observaram.
Eles se abraçaram.
Eles estavam ali um pelo outro.
E isso os causava uma grande angústia.

O anjo branco amava o anjo negro.
Mas, o anjo negro se odiava.
Eles novamente se comprometeram a um amor infinito.

E novamente meus olhos brilham com aquele hino infantil.
Desta vez perguntei ao anjo. E eles me responderam em uníssono,
que era a canção dos anjos.
Senti minhas costas arderem.
Eu não sei de que lado estou.
Pois, tenho uma asa negra e outra branca.

Espero encontrar novamente aqueles dois.
Shiroi Tenshi to Kuroi Tenshi. ( Anjo Branco e Anjo Preto )