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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Poema #1

Sinto um breve aperto.
Escuto um baixo hino infantil e doce.
Esse hino me dava a imagem de anjo.
É eu vi um anjo abraçar o outro.

É como o amor em que ninguém acredita.
É como as palavras em que ninguém acredita.
Um dos anjos chorava, enquanto o outro estendeu a mão.
O anjo sussurrou que não havia vergonha nenhuma em chorar.

Um anjo pulou nos braços do outro.
Eles se abraçava e se observavam constantemente.
E o calor que há muito tempo desaparecido, retornou.
Um dos anjos tinha asas negras e outro asas brancas.
Sim, era um amor proibido.

Mas, ainda assim eles se comprometeram.
Prometeram um ao outro um amor infinito entre ambos.
Escutei novamente aquele hino infantil.
O anjo perguntou ao outro que som era aquele.
Ele respondeu em sussurro que era a canção dos anjos.

Os anjos foram separados por suas famílias.
Para um dos anjos o crepúsculo era doloroso.
Ele queria se esconder e ficar sozinho.
E ainda assim, não queria que ninguém visse seus ombros tremerem.

Por que mesmo se para um Deus em que ninguém acredita...
For oferecida uma canção angelical...

O anjo negro abraçou a si mesmo e sentiu seus ombros trémulos.
Ele observou a si mesmo. Observou o estado em que se encontrava.
Ele pensava que deveria existir por si mesmo.
E quem deveria machucá-lo era somente ele.

Ele pensava que deveria se amar.
Ele pensava que deveria se odiar.
Pois, se ele mesmo não o fizesse, quem o faria?

A noite escura que existe somente para ele.
Persegue o coração dele.

O hino é falado e as estrelas brilham no céu preto.
E sorriem para a mão estendida do anjo.
As noites escuras que antes se juntavam, agora estão separadas.

O orvalho da manhã que existia para o anjo branco,
será umedecido pelo verão.

Sim, o nascer do sol é gentil mas, o coração dos anjos,
não tem mais nenhum ligação.

Mas, dei um jeito de interligá-los novamente.
Eles se observaram.
Eles se abraçaram.
Eles estavam ali um pelo outro.
E isso os causava uma grande angústia.

O anjo branco amava o anjo negro.
Mas, o anjo negro se odiava.
Eles novamente se comprometeram a um amor infinito.

E novamente meus olhos brilham com aquele hino infantil.
Desta vez perguntei ao anjo. E eles me responderam em uníssono,
que era a canção dos anjos.
Senti minhas costas arderem.
Eu não sei de que lado estou.
Pois, tenho uma asa negra e outra branca.

Espero encontrar novamente aqueles dois.
Shiroi Tenshi to Kuroi Tenshi. ( Anjo Branco e Anjo Preto )


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